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“A polícia não pode cuidar de cada marmanjo que vai pra praça brigar”, diz capitão da Brigada Militar

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No Reveillon deste ano, novamente a Praça da Matriz de São Luiz Gonzaga foi o local que a maioria das pessoas escolheu para passar a virada do ano. Uma grande aglomeração aconteceu no local até por volta das 7h30min. Assim como em outras festas na praça, algumas pessoas se envolveram em brigas. Um rapaz levou uma garrafada no olho e foi levado a Porto Alegre para tratamento, com risco de perder a visão.

Nas redes sociais, há quem culpe a Brigada Militar pelos fatos. O subcomandante do 14° BPM, em entrevista ao programa Jornal da Manhã, da Rádio Missioneira, afirmou que algumas pessoas não sabem se comportar, ainda mais quando estão sob efeito de álcool. “Tem gente que bebe e aí vira o machão que quer brigar com todo mundo”, disse.

Segundo o capitão, a polícia não tem efetivo pra cuidar de cada um que está na praça.  “A polícia não pode cuidar de cada marmanjo que vai pra praça brigar. O estado não disponibiliza isso”, explicou. Ele acrescentou que quando as brigas acontecem, é preciso o emprego do uso da força física.

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No caso do Reveillon, um indivíduo arremessou uma garrafa no policial militar, que revidou com tiro de bala não letal. O homem não foi identificado. Para o oficial, quem arremessa uma garrafa que pode machucar uma pessoa ou até mesmo ceifar uma vida, é um bandido.  Ele avalia que se as pessoas não sabem se comportar no espaço público, é melhor que as festas não aconteçam mais no espaço público.

Brum acrescenta que não se trata de um evento, pois não tem organizador.  Eduardo relembrou que foi feito pedido, por meio da imprensa, que os cidadãos e cidadãs se divertissem com responsabilidade. “Algumas pessoas deturpam o ambiente”, relatou. O oficial salienta que se as pessoas não tiverem educação, esses fatos vão continuar a ocorrer. “Se não tem educação pra freqüentar o espaço público e evitar brigar, teremos que regulamentar o espaço”, argumentou. A regulamentação é de responsabilidade do poder público.

O mesmo vale para a venda de bebidas alcoólicas. A Brigada Militar não tem a incumbência de proibir que as pessoas bebam nas ruas. No ano passado o debate foi levantado, com a proposta do vereador José Luiz Terra, de proibir o consumo nas vias públicas. A proposta não avançou e teve muitas críticas da comunidade, em especial dos jovens.

Com a chegada do Carnaval, o assunto volta à tona. Muitos defendem a volta da festividade na rua Treze de Maio, que não ocorre desde 2010. Segundo Brum, o carnaval nunca foi proibido, mas passou a ter regras para maior segurança. “Não queriam festa, queriam bagunça, já que não queriam seguir as regras”, pontuou.

Em relação ao trânsito, a BM fechou as vias para facilitar a aglomeração de pedestres. Brum relatou que em outras brigas, essa foi uma das motivações, por isso foi realizado o fechamento. Foi empregado todo o efetivo possível no Reveillon.

O subcomandante lembrou que o número de policiais é reduzido, e que o 14° BPM não é responsável apenas por São Luiz Gonzaga. Com planejamento, todas as cidades da região tiveram esquema policial para garantir a segurança da comunidade e evitar crimes contra patrimônio.

Ouça a entrevista

Autora: Amanda Lima

Fonte: Rádio Missioneira

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