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“Vivemos uma situação de guerra”, relata a administradora do Hospital São Luiz Gonzaga

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A administradora do Hospital São Luiz Gonzaga, Iria Diedrich, em entrevista ao programa Jornal da Manhã na Missioneira FM 94.9 nesta sexta-feira (19) expôs a situação dramática vivida pela casa de saúde durante o mês de março – o pior da pandemia –  e comentou também os recentes repasses recebidos pela instituição para o enfrentamento à doença.

Segundo Iria, o hospital possui a disposição 40 leitos clínicos para atender pacientes com covid-19, sendo que seis são equipados com aparelhos de ventilação pulmonar. A administradora informa que alguns pacientes com estado de saúde menos crítico foram transferidos para hospitais menores da região, como São Miguel das Missões, Caibaté e Roque Gonzales, para aliviar a pressão no atendimento local.

“Vivemos uma situação de guerra”, afirma Iria, ao relatar o enfrentamento da doença na casa de saúde. “Estamos beirando a superlotação e de nada adianta abrir mais leitos, pois faltam profissionais para atender os pacientes”, avalia. Segundo a administradora, a situação tende a piorar. “Infelizmente, muitas pessoas irão morrer, essa é a triste realidade”, disse.

Para Iria, o caos recomeçou durante o período eleitoral, se estendeu durante o Natal e Ano Novo e se agravou durante o feriado de Carnaval. “Peço que nesta Páscoa, as pessoas tenham consciência da gravidade da situação e não realizem aglomerações, pois as mutações do vírus estão causando grandes problemas”, alertou.

RECURSOS

Sobre os valores repassados ao hospital, Iria salienta que vieram em um excelente momento. A emenda parlamentar de R$ 1 milhão, destinada pelo deputado federal Marcelo Brum (PSL), será utilizado no custeio da instituição. A previsão é de que dentro de 30 a 60 dias, após os tramites legais, o valor seja repassado à conta do hospital.

Conforme a administradora, a expectativa é de que neste mês de março, os gastos com oxigênio atinjam R$ 120 mil, enquanto durante todo o ano de 2020 o valor ficou em R$ 28 mil. Outro gasto considerável da casa de saúde refere-se à compra de medicamentos e insumos básicos utilizados para a intubação dos pacientes, sendo que alguns produtos tiveram reajuste de 1.000% nos valores.

Para Iria, as parcerias estão sendo fundamentais para que o hospital não entre em colapso. A ajuda ofertada pela Associação Amigas do Bem e pelas Câmaras Municipais de Bossoroca, Dezesseis de Novembro e São Luiz Gonzaga irão auxiliar ainda mais nos custeios durante o conturbado período. A instituição aguarda ainda a chegada de novos recursos já estabelecidos por parlamentares que se comprometeram em ofertar ajuda.

“Jamais pensei que na minha trajetória de vida presenciaria um momento como esse que estamos vivendo”, lamenta Iria, que conclui reforçando os cuidados. “Siga as orientações das equipes de saúde e não promova ou participe de aglomerações, pois estamos vivendo uma tragédia”, finaliza.

Rádio Missioneira

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