A troca de saberes sobre a diversidade de espécies de abelhas nativas sem ferrão existentes na região gerou interesse de diferentes gerações na Aldeia Guarani Tekoa Koenju (Aldeia Alvorecer), em São Miguel das Missões. A ação, realizada na quinta-feira passada (7), envolveu estudantes e professores da Escola Estadual Indígena Igneu Romeu Koe’ju, representantes das famílias Guarani e extensionistas dos escritórios Municipal, Regional e Central da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR).
Segundo a coordenadora estadual da Emater/RS-Ascar da área de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social para Indígenas, Mariana Soares, que acompanhou a atividade, as abelhas nativas sem ferrão, na língua guarani denominadas de jate’ i, têm importância alimentar e terapêutica e, de modo especial, cultural para os indígenas.
Na oportunidade, o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar Joney Braun explanou sobre a importância das abelhas para os diferentes tipos de vida e apresentou as características das espécies de abelhas nativas sem ferrão mais encontradas na região, entre elas, a jataí, a borá, a mirim e a canudo. Através de meliponários trazidos pela Emater/RS-Ascar, os presentes puderam interagir com as espécies jataí e canudo, assim como foi feita uma demonstração prática sobre o preparo do atrativo e de iscas que foram instaladas em locais escolhidos pela comunidade.
Existem 250 espécies de abelhas sem ferrão no Brasil, sendo 24 no Rio Grande do Sul, todas importantes para a preservação da agrobiodiversidade.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar