Prevenir é melhor que remediar, e é
isso que a 17ª Supervisão Regional de Agricultura, com sede em São Luiz
Gonzaga, quer deixar claro aos produtores e proprietários de animais equinos. A
prevenção se refere ao alastramento do mormo, doença grave e transmissível. Uma
vez contraído, o mormo não tem cura e o animal deve ser sacrificado, pois o
risco de contágio é grande e ainda existe a possibilidade de transmissão para
pessoas.
Em entrevista exibida no programa
Jornal da Manhã desta terça-feira o chefe da 17ª Supervisão, Alonso Duarte,
destacou o alerta a organizadores de eventos como rodeios, onde há grande
aglomeração de cavalos. Segundo Alonso, o único caso de mormo até agora
registrado se deu na cidade de Rolante, sendo que a suspeita é de que a
transmissão ocorreu por meio de animais de outros estados, mas isso já serve de
alerta, principalmente em relação a animais que vêm de outras localidades, onde
a doença é mais comum.
Fiscalização
Devido à gravidade da doença, Alonso
diz que a fiscalização é indispensável e os proprietários de equinos e
organizadores de rodeios precisam entender que o controle sanitário é uma
obrigação dos órgãos de fiscalização, como a Supervisão e inspetorias e, além
disso, a multa para infrações a essa norma é pesada. Em casos onde seja
constatado evento, como rodeio, sem registro, a multa é de aproximadamente R$
46mil para o organizador. Rodeios que recebam animais oriundos de outros locais
deverão apresentar teste negativo para o mormo. Por essa razão Alonso diz que
os organizadores de rodeios devem ter a consciência de que o contato com a Supervisão,
inspetorias ou unidade veterinárias de sua cidade é necessário.
Exames
Muito se tem comentado a respeito de
laboratórios no Rio Grande do Sul que fazem o exame para a referida doença.
Entretanto, o chefe da 17ª Regional deixou claro que, hoje, não existe exame
para mormo no Rio Grande do Sul. O laboratório mais próximo encontra-se em São
Paulo. O Governo do Estado já trabalha com a possibilidade de implantação de um
laboratório com essa finalidade em solo gaúcho, mas, se esse plano for efetivado,
os profissionais da defesa sanitária serão os primeiros a ofertar esse serviço
de forma certificada.