Produtores rurais de todo o Rio Grande do Sul, incluindo da Região das Missões, realizam um tratoraço nesta quinta-feira (8) em Porto Alegre. O protesto ocorre, segundo os organizadores, em virtude da falta de medidas efetivas de auxílio ao setor por parte dos governos federal e estadual.
“O movimento é extremamente legítimo”, afirmou Paulo Pires, presidente da Coopatrigo e da Federação das Cooperativas Agropecuárias do estado (FecoAgro-RS), em entrevista para o programa Jornal da Manhã. Ele também participa do ato.
A expectativa do movimento SOS Agro RS é levar centenas de máquinas agrícolas até a capital gaúcha. Elas estão estacionadas na orla do Guaíba, como forma de chamar atenção das autoridades. Também participam produtores a cavalo, de caminhão e ônibus.
Paulo Pires avalia que o endividamento rural, gerado por frustrações de safra que iniciaram com estiagens, é uma realidade no Rio Grande do Sul. Por esse motivo, o movimento cobra auxílios que contemplem além dos danos causados pelas enchentes.
A Farsul, por exemplo, pede a prorrogação de dívidas por 15 anos, com dois anos de carência e juros de 3% ao ano. Essas condições não foram atendidas pela medida provisória publicada pelo Governo Federal na semana passada, e em função disso, o tratoraço foi mantido.
O SOS Agro RS já realizou protestos em outras duas ocasiões, reunindo produtores em Cachoeira do Sul e Rio Pardo, em julho.
Foto: Pedro Piegas
Rádio Missioneira