Na última terça-feira (3), a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou o Projeto de Lei 52/2022, que concede reajuste de 6% ao funcionalismo, incluindo os professores. O presidente do 33º Núcleo do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers), Joner Alencar Marchi Nascimento, considerou a medida como “vergonhosa”.
Em entrevista para o programa Jornal da Manhã na Missioneira FM 94.9 nesta quinta-feira (5), Joner informou que a defasagem no salário da classe já atinge os 59% e, por isso, um aumento de apenas 6% é praticamente irrelevante.
Servidores públicos de todas as esferas traçaram uma luta unificada nos últimos meses pela alteração do valor, exigindo, no mínimo, a recomposição da inflação do último ano (10,06%).
Também pressionaram os deputados para que, ao menos, votassem as emendas com a alteração do percentual, mas o projeto foi aprovado por 48 votos a 2.
Joner destaca que os professores estão enfrentando dificuldades para se manter. Ele informa que, desde 2014, ano em que ocorreu o último reajuste da maioria dos servidores estaduais, tudo ficou mais caro.
“Neste cenário, 6% é mais que injusto, esse valor representa a desvalorização e o massacre do funcionalismo. Seguiremos na luta”, enfatizou. “Estamos anunciando há tempos que poderá ocorrer um apagão na educação, por desmotivação dos atuais profissionais e futuros professores”, disse.
Agora, conforme Joner, a luta continua para impedir o fim dos serviços públicos no estado, visto que, na última terça-feira (3), não foi votado o PLC 48/2022, que altera o congelamento dos investimentos previstos na Lei do Teto de Gastos.
Rádio Missioneira