O Governo Federal lançou, na última quarta-feira (3), o Plano Safra 2024/2025 para o financiamento da agricultura e da pecuária empresarial no país. Os recursos totais são de R$ 400 bilhões.
Em entrevista para o programa Jornal da Manhã na Rádio Missioneira, o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) e da Coopatrigo, Paulo Pires, fez uma análise do anúncio.
Segundo o presidente, algumas definições ficarão mais claras somente após as resoluções, lançadas posteriormente. Em um primeiro momento, conforme Paulo Pires, os juros preocupam.
“Foi o possível. A gente reconhece que há um grande esforço do Governo Federal em aumentar o volume de recursos. Este foi o ponto positivo. O grande fato negativo foi a taxa de juros que teve pouca queda”, avaliou.
As taxas de juros para custeio e comercialização são de 8% ao ano para os produtores enquadrados no Pronamp. Já para investimentos, as taxas de juros variam entre 7% e 12% ao ano, de acordo com os diferentes programas de crédito oferecidos.
Para o programa Moderfrota, destinado à aquisição e máquinas agrícolas, os juros serão de 10,5% para produtores enquadrados no Pronamp e de 11,5% para os demais. No Renovagro, voltado à recuperação e conversão de pastagens e práticas agropecuárias ambientalmente sustentáveis, os juros serão de 7%, mesmo percentual para os produtores que quiserem financiar a construção e armazéns de até 6 mil toneladas.
Paulo Pires também lamentou a falta de um programa específico para atender o Rio Grande do Sul e de um seguro agrícola forte.”Precisamos de um programa robusto”, avaliou.
O presidente da FecoAgro/RS e da Coopatrigo menciona, também, que os governos precisam estar preparados para atender a sociedade em casos de desastres, como as enchentes que assolaram o estado. “Quando tu tem um desafio, na minha opinião, tem que ter um política pública especial”, considerou.
Rádio Missioneira