Dois fatores estão sendo preponderantes para gerar apreensão no setor agrícola do Rio Grande do Sul: os prejuízos causados pelas recentes enchentes e o endividamento de produtores, ocasionado sobretudo por frustrações nas safras passadas. A análise foi apresentada por Paulo Pires, presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias (FecoAgro-RS) e da Coopatrigo, durante entrevista para o programa Jornal da Manhã nesta quinta-feira (15).
“O cenário é de muita dificuldade para o setor todo. E são dois fatores, a questão das enchentes e do endividamento”, avaliou Paulo Pires. O presidente considera que o Governo Federal precisa distinguir os recursos de forma que atenda esses dois entraves vivenciados no agro gaúcho.
Para Paulo Pires, a injeção de recursos, semelhante ao que foi realizado para os municípios brasileiros durante a pandemia, seria fundamental para atender as demandas do estado. “O Rio Grande do Sul merece uma política pública de exceção”, disse.
O presidente da FecoAgro-RS e da Coopatrigo lamentou que mais uma safra se aproxima, sem a apresentação de uma solução imediata para o setor. Ele defendeu, porém, o diálogo construtivo. “Não podemos levar isso para o embate político. Temos que ter atitude dura, firme, mas construtiva e proativa”, finalizou.
Rádio Missioneira