A estiagem já impacta de forma significativa na produção agrícola da região. De acordo com o chefe do escritório de São Luiz Gonzaga da Emater-Ascar, Paulo Mattos, a quebra média na safra de soja já chega a 50%, enquanto que no milho as perdas somam 20% e só não são piores pela prática do cultivo irrigado da cultura, que abrange 11 mil hectares e manteve quebra de 10% na produção. Para se ter uma ideia, no milho de sequeiro a quebra chega a 45%. Esses e outros dados fazem parte de um levantamento feito pela Emater e demais entidades ligadas ao setor primário e devem embasar um possível novo decreto de Situação de Emergência são-luizense, já avaliado pela Administração Municipal.
“Teremos na quinta-feira nova reunião na prefeitura onde estes dados serão apresentados e então iremos avaliar a possibilidade novamente decretar emergência, desta vez devido à estiagem”, afirmou Mattos em entrevista concedida ao programa Jornal de Manhã desta terça-feira. Segundo ele, outros cultivos também já estão comprometidos. “Na alfafa, por exemplo, dos oito cortes anuais previstos, pelo menos um está totalmente perdido pela seca. Já temos também problemas localizados de abastecimento de água no interior. Nas pequenas propriedades rurais, que tem culturas de subsistência como mandioca, batata e feijão, entre outras, as perdas também vão impactar na alimentação destas famílias.”
Na criação de animais, Paulo Mattos explicou que o ano de 2024 foi bom para as pastagens, que ainda dão suporte na pecuária. “Na produção de leite, o pessoal está trabalhando com silagem para manter a produção. Devido a estes e outros prejuízos que o decreto de Situação de Emergência poderá ser assinado pelo prefeito Piti Werle. mas isso deve ser novamente discutido na próxima quinta-feira”, completou o chefe da Emater de São Luiz Gonzaga.