Na manhã desta quarta-feira (4), cerca de 120 policiais civis e 15 agentes fiscais agropecuários deflagram a Operação Piratas do Agro, que visa combater o comércio de sementes falsificadas nos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Bahia e Minas Gerais. Um dos chefes do esquema, preso nesta manhã, residia em São Luiz Gonzaga.
A investigação, que tramita sob a responsabilidade da Draco de São Luiz Gonzaga, descortinou um esquema criminoso sofisticado de pirateamento de sementes de milho e soja. De acordo com o delegado Heleno dos Santos, a investigação teve início quando uma grande cooperativa local procurou a Draco para noticiar uma fraude que lesou diversos agricultores na região.
“As investigações comprovam que um grupo de empresários golpistas do ramo agrícola de São Luiz Gonzaga, Santo Cristo, Luís Eduardo Magalhães (BA) e Barreiras (BA) se uniram para transformar grãos que iriam para a indústria de ração ou alimentos — por serem sementes de baixíssima qualidade — em produtos muito similares visualmente a sementes conhecidas no meio agrícola por sua elevada produtividade”, disse o delegado.
Segundo ele, a carga de milho falsificado vinha de Luís Eduardo Magalhães (BA) até São Luiz Gonzaga como carga de “semente de milho ensacado”. A fábrica de embalagens ficava em Fernandópolis (SP). Conforme o delegado, as sementes eram tingidas de vermelho com o pó Xadrez.
Conforme as investigações, a falsificação contava até com um “termo de conformidade”, atestando a autenticidade da semente. “Esse documento era falsificado por uma profissional da área da computação gráfica em Carlos Barbosa”, disse Heleno.
Foram cumpridos 41 mandados de busca e apreensão em residências e empresas do RS, SP, BA e MG, além de 33 mandados de busca e apreensão de veículos e 18 bloqueios de contas bancárias.
Fonte: Rádio Missioneira | Com informações da Draco
