O Lar da Criança e do Adolescente de São Luiz Gonzaga está enfrentando dificuldades financeiras. A entidade possui dívidas com fornecedores e despesas básicas como aluguel, além de estar com o salário dos funcionários atrasados. O presidente Arlindo Langert, em entrevista ao Jornal da Manhã de hoje, falou sobre a falta de repasse das prefeituras da região.
O primeiro repasse do ano de 2014 ocorreu ontem, no valor de R$ 50 mil, da Prefeitura de São Luiz Gonzaga. Conforme Arlindo, as despesas mensais do lar são altas, pois a entidade oferece alimentação, estudos, moradia e medicação à aproximadamente 50 crianças, de idade entre um mês e 17 anos. As crianças moram no lar e recebem atendimento 24 horas. ‘’Um atendimento de qualidade é nosso dever e queremos fazê-lo, mas precisamos que as prefeituras nos repassem o valor dos convênios’’, explicou.
Por conta do atraso nos pagamentos, a folha dos funcionários está atrasada. Eles receberam ontem o salário referente ao mês de janeiro. Segundo Arlindo, assim que o lar receber outros repasses será pago os salários de fevereiro. ‘’Entendemos que eles estão desgostosos e desmotivados, mas estamos de mãos atadas’’, salientou. ‘’O dinheiro que entrar a partir de agora será utilizado para o pagamento dos salários’’, disse.
O presidente ainda destacou que o lar possui uma dívida de R$ 15 mil com mercados, além de aluguel atrasado. Outra despesa mensal da entidade é o INSS, no valor de R$ 5.000,00, uma vez que o lar não possui a filantropia. ‘’Queremos que a comunidade nos entenda que nós precisamos de apoio para desenvolver nosso trabalho e que estamos fazendo de tudo, mesmo sem recursos, esclareceu. O lar conta dos 18 profissionais, entre monitores, psicólogos e assistentes sociais. O trabalho é realizado 24 horas por dia. O lar conta atualmente com 48 crianças de 15 prefeituras.
A reportagem da Missioneira ouviu uma das funcionárias do lar, que relatou a insatisfação dos funcionários. Fabiana do Prado, afirmou que do valor recebido ontem pela Prefeitura de São Luiz Gonzaga, foi requerido à diretoria o pagamento dos salários atrasados de janeiro, fevereiro e os 33% das férias. ‘’Nós não tivemos sucesso nesse requerimento, pois o presidente disse que teria outras contas para pagar’’, disse a funcionária. ‘’Nós sugerimos também que essas despesas fossem pagas com o dinheiro das outras prefeituras’’, disse. A
pós a entrevista de Fabiana, o presidente novamente se manifestou, afirmando que as decisões do lar são tomadas de forma racional. Disse que as prestações de contas foram realizadas de forma correta e que aqueles que estão insatisfeitos com o trabalho devem pedir demissão.