Em busca da manutenção do Plano de Saúde, cerca de 8 mil trabalhadores dos Correios no Rio Grande do Sul decidiram na noite desta quarta-feira entrar em greve por tempo indeterminado. A partir da meia-noite, a categoria monta um piquete no Centro de Distribuição da zona Norte de Porto Alegre e passa a fim de não permitir a saída de caminhões com as correspondências. A estimativa é de que a paralisação seja simultânea em outras partes do Brasil.
A categoria é contrária ao que chama de "precarização e redução no atendimento" aos trabalhadores e dependentes do Correios Saúde. Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do Rio Grande do Sul (Sintect/RS), Vítor Rittman, a empresa age de forma unilateral, descumprindo cláusula do Acordo Coletivo, precarizando o atendimento na saúde da categoria e contrariando as expectativas dos trabalhadores.
Em outubro do ano passado, os trabalhadores dos Correios ficaram quase um mês com os braços cruzados e só voltaram às atividades com o julgamento do dissídio da categoria pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Os grevistas tiveram reajuste de 8%, valor que já era ofertado pela empresa, e receberam prazo de seis meses para compensar os 26 dias parados com duas horas extras diárias. (Correios do Povo)
Segundo Carlos Alberto Borba, gerente da agência de São Luiz Gonzaga, as entregas e chegadas de correspondências estão em ritimo normal, devido a apenas 15% dos servidores estar em greve, mas se continuar o agregamento de grevistas, podem haver atrasos nos fluxos de chegada de correspondências.