O programa Jornal da Manhã deste Dia do Trabalhador teve a participação do tesoureiro do Sindicato dos Municipários de São Luiz Gonzaga, Nilson Chaves. Na pauta da entrevista, os recentes decretos municipais e a situação envolvendo os servidores e o Executivo de São Luiz.
Paralisação
Primeiramente ele falou sobre a paralisação de segunda-feira (04) anunciada pelo funcionalismo. Segundo o entrevistado, ocorreram ameaças de se cortar o ponto deste dia de paralisação, porém, o entrevistado asseverou que o direito de greve ou paralisação está embasado por lei, que o regulamenta, assim como o pagamento dos dias de paralisação – é do direito da Administração não pagar, como também é do direito da categoria a busca dessa reposição por via judicial.
Ele reforçou o convite para a paralisação, que se inicia oficialmente às 8h, com reunião dos trabalhadores e assinatura do ponto no Sindicato. Após haverá assembleia na qual serão debatidas as próximas atitudes do Sindicato. Na sequência os manifestantes realizarão caminhada até a Prefeitura, onde serão entregues as principais demandas da categoria de forma simbólica.
Na parte da tarde, a partir das 16h, haverá reunião dos funcionários na Câmara Municipal, pois Nilson disse que hoje os servidores estão nas mãos da Justiça e também nas mãos dos vereadores. Por essa razão haverá movimento para que os edis tranquem o projeto de lei que diminuiria os ganhos com insalubridade para muitos servidores.
Insalubridade
Ele ainda disse que o prefeito Junaro quer mudar a lei e não regulamentá-la. Pela nova proposição, todos os 300 funcionários que hoje ganham pelo índice de insalubridade, além dos outros 144 novos que até o momento não estão ganhando, serão prejudicados. Agentes de saúde e de combate a endemias também não terão direito a insalubridade, conforme Nilson. Além disso, segundo o entrevistado, servidores que ganhavam 40% passarão a ganhar 20 e outros que ganhavam 40 não ganharão mais nada.
Caso a proposta do Executivo for aprovada, imediatamente o Sindicato entrará na Justiça e, caso perca judicialmente, o próximo prefeito, por melhores que sejam suas intenções, não conseguirá inverter a situação.
Desabafo
Nilson também fez um desabafo, dizendo que os funcionários públicos de São Luiz estão sofrendo um “verdadeiro massacre”, promovendo perdas nos vencimentos por meio de decretos, não só aos trabalhadores antigos, mas também aos novos.
