Enfermeira responsável pelo setor no Hospital São Luiz Gonzaga relata a dificuldade enfrentada na pior pandemia em 100 anos
O dia 12 de maio é considerado o Dia Internacional da Enfermagem, assim como o Dia do Enfermeiro. As comemorações se estendem até o dia 20, quando se homenageia os técnicos em enfermagem. A Rádio Missioneira conversou nesta quarta-feira (12) com a coordenadora do setor no Hospital São Luiz Gonzaga, enfermeira Tanara Goulart, onde a profissional explanou as dificuldades que a classe está enfrentando na pior pandemia do século XXI.
Conforme Tanara, a covid-19 fez com que os profissionais de enfermagem recebessem um olhar diferente pela sociedade. Há vários anos, a classe luta por direitos e garantias para o melhor exercício da profissão. Atualmente, dois Projetos de Lei estão em tramitação em Brasília. Um deles é o PL 2295/2000, que prevê a redução da carga horária da categoria para 30h e o outro é o PL 2564/2020, que determina um piso salarial fixo.
“Estamos lutando para garantir nossos direitos e o auxílio da sociedade, cobrando os governantes em Brasília para a aprovação, é fundamental”, disse Tanara.
A ROTINA DESGASTANTE
Os enfermeiros e técnicos em enfermagem estão passando, há mais de um ano, por momentos extremamente delicados no enfrentamento à covid-19. Segundo Tanara, a rotina no Hospital São Luiz Gonzaga não é diferente. O desgaste físico e emocional atingiu todos os profissionais.
“Estamos passando por momentos muitos difíceis, que nunca imaginávamos enfrentar em nossas vidas”, considera a enfermeira.
Tanara ressalta um ponto emocionante deste período. Como os pacientes internados com covid-19 não podem ter o alento familiar enquanto estão hospitalizados, os profissionais de enfermagem acabam se tornando a família, fazendo muito além do papel que lhes cabe.
“Neste dia, gostaria de dizer a sociedade que estamos fazendo o possível para salvar vidas e aproveito a oportunidade para deixar o meu reconhecimento a todos os colegas de profissão”, conclui Tanara.
Rádio Missioneira