O Dia Internacional da Mulher neste ano de 2021 está sendo totalmente atípico dos demais. A pandemia de covid-19 impôs ao mundo e mais do que nunca à região missioneira uma dura e triste realidade. A Rádio Missioneira conversou com uma das mulheres que atuam na linha de frente no combate ao vírus em São Luiz Gonzaga. A médica Fabiana Zamperetti Prieb expôs o seu relato na vivencia diária na Ala covid-19 do Hospital São Luiz Gonzaga.
Neste quase um ano de pandemia no município, Fabiana atendeu inúmeros pacientes com a covid-19 e até agora nunca havia enfrentado uma situação tão caótica quanto a que está vivenciando neste momento. Segundo a médica, o perfil dos pacientes hospitalizados com a doença na instituição é bastante diferente daquele observado no início da pandemia. “Temos internados com idades de 30 e 20 anos”, relata.
Entre os momentos mais delicados vivenciados no Hospital São Luiz Gonzaga, Fabiana considera que está a dificuldade na aquisição e armazenamento de oxigênio, além de outras particularidades, como o sofrimento do paciente portador da doença. “É muito triste ver um hospitalizado em estado grave e não poder receber a visita e os cuidados de um familiar”, cita emocionada a médica
“Eu nunca pensei em vivenciar isso na minha profissão, mas se Deus quiser iremos vencer essa batalha”, declarou. Fabiana é formada em medicina pela Fundación Hector Barceló, de Santo Tomé, na Argentina, com especialização em geriatria pela PUC de Porto Alegre.
Aproveitando o Dia da Mulher, Fabiana estende os agradecimentos a todas as enfermeiras e técnicas em enfermagem que vem realizando um trabalho excepcional na instituição, fazendo o possível para auxiliar na melhor forma de tratamento aos pacientes internados. “Elas estão sendo peças chave no ciclo que estamos vivendo”, considera.
Fabiana finaliza pedindo que cada cidadão faça a sua parte no combate à doença. “Peço que acreditem no vírus, deixando o egoísmo de lado e tenham um pouquinho de paciência, para que os planos traçados sejam adiados para um outro momento, já que teremos uma vida inteira pela frente, algo que muitos que subestimaram a doença não terão”, conclui.
Rádio Missioneira