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Deputado afirma que governador Eduardo Leite anuncia obras com dinheiro que não existe

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A declaração foi feita pelo deputado estadual Jeferson Fernandes (PT), no site Sul21, em coluna publicada na última sexta-feira (11) e assinada por ele. Confira o texto abaixo:

Não foi preciso mais de dois anos para que o governador Eduardo Leite (PSDB) revelasse a sua verdadeira face. A política das “novas façanhas” emparedou o funcionalismo, congelando salários e aniquilando com a carreira dos servidores em geral, especialmente professores, brigadianos e quadro geral. Em relação ao patrimônio público, reabriu a temporada de liquidação das estatais do povo gaúcho, aprovando a venda da Sulgás e da Companhia Rio-grandense de Mineração – CRM. Além disso, vendeu uma parte do que restava da antiga CEEE pela insignificância de R$ 100 mil e prepara a sua ofensiva para leiloar a Corsan, que em 2020 teve um lucro líquido de quase R$ 2 bilhões.

Na verdade, é um novo Antônio Britto, carregando embaixo do braço a surrada cartilha neoliberal de ataque aos servidores e extermínio de patrimônio público. Nunca esqueçamos que na década de 90 a aliança MDB/PSDB liderada por Britto transformou o Rio Grande no laboratório das privatizações do país. A principal justificativa para leiloar o patrimônio dos gaúchos era de que assim haveria dinheiro no caixa para realizar as obras que a sociedade desejava. Para tanto, venderam as duas concessionárias mais lucrativas da CEEE por R$ 3,14 bilhões e alardearam pelos quatro cantos do RS o início de um novo tempo. Faltou espaço nos palanques para tanta gente anunciando asfaltamento de estradas que não saíram do papel.

Agora Eduardo Leite repete a mesma fórmula, anunciando em ato pomposo realizado no Palácio Piratini o programa “Avançar”, através do qual promete investir R$ 1,3 bilhões em rodovias. A fonte desses recursos milagrosos se encontraria no processo das privatizações, possivelmente contando com a venda futura da Corsan, cujo crime ainda precisa ser submetido à autorização legislativa.

São palavras de um homem sem palavra, que desonrou um dos mais caros valores da tradição gaúcha. E para justificar a infâmia de desdizer o que havia dito, coloca seus atos de submissão ao capital privado no altar dos sacrifícios. Assim, vender a Corsan não seria mais um exercício de traição, mas de abnegado compromisso com o desenvolvimento e o futuro do Rio Grande.

Ele só não consegue demonstrar onde existiu um único case de sucesso de uma instituição que tenha superado uma crise abrindo mão de patrimônio que dá lucro. E é exatamente neste ponto que o seu discurso se transforma em uma fábula e, como tal, não pode ser levado a sério.

O caminho que Leite anuncia como portador de futuro é um túnel assombrado pelos fantasmas do passado. É a estrada que conduz a lugar nenhum, só avançando ainda mais em direção ao fundo do poço. Já está provado e comprovado que recursos de privatizações desaparecem no caixa único na mesma velocidade com que os problemas que seriam solucionados se multiplicam.

Mas a mídia hegemônica, mais uma vez, repete as manchetes da época do Britto, anunciando a redenção do RS com a liquidação do pouco que ainda resta de empresas públicas. À oposição, que denuncia o crime, cabe a pecha de “minorias barulhentas”. Eles estariam governando para as “maiorias silenciosas”.

Na verdade, eles são uma minoria e governam para minorias. A maioria do povo, ofuscada pelos holofotes da grande imprensa, que tudo faz menos informar com imparcialidade, talvez não enxergue. Mas sentirá na carne e no bolso as consequências dessas políticas que não contém sequer um rascunho de algo que possamos chamar de projeto de desenvolvimento.

Fonte: www.sul21.com.br

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