A organização criminosa, sediada em São Luiz Gonzaga e Luís Eduardo Magalhães (BA), desmantelada nesta quarta-feira (4), movimentava milhões por ano com as sementes falsificadas. Segundo os números da “Operação Piratas do Agro”, os criminosos tinham mais de R$ 1 mil de lucro por saca de milho falsificado. “Uma carga apenas rendia, em média, R$ 1,8 milhão de lucro ao grupo”, informou o delegado Heleno dos Santos, titular da Draco de São Luiz Gonzaga.
Segundo ele, em 15 meses, foram R$ 13 milhões em movimentações bancárias, apenas nas contas do chefe do esquema, que mora em São Luiz Gonzaga. O homem foi preso.
Conforme a polícia, o principal chefe do esquema criminoso aparecia em São Luiz Gonzaga na posição de um pequeno comerciante informal de insumos agrícolas, com reduzido patrimônio e pouca renda.
“Depois que fez sociedade com outro pequeno comerciante do Paraná, constituiu com ele empresa na Bahia e os dois viram seus patrimônios aumentarem exponencialmente em poucos anos, tudo graças à venda de sementes falsificadas ou pirateadas, principalmente milho e soja. As atividades comerciais ilícitas da dupla ultrapassavam as fronteiras do Rio Grande do Sul e Bahia, abrangendo São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Distrito Federal, Tocantins, Goiás e outros Estados”, disse o delegado.
“Em São Luiz Gonzaga, o principal chefe do esquema criminoso levava uma vida aparentemente modesta, sem grandes ostentações, demonstrando muito cuidado para não chamar a atenção, apesar de sua conta bancária e dos seus “laranjas” registrarem movimentação de altas somas. Os investigados preferiam investir parte dos rendimentos criminosos em carros de luxo e caminhões, que são alvos de buscas, para buscar o ressarcimento das vítimas”, complementou.
Fonte: Rádio Missioneira | Com informações da Polícia Civil