A Delegada de Polícia Caroline Virginia Bamberg Machado, que conduziu as investigações na época em que o menino Bernardo Boldrini foi morto, em abril de 2014, foi a única testemunha ouvida neste primeiro dia do júri do réu Leandro Boldrini, pai da criança. Assim como em 2019, quando os quatro réus foram julgados, o depoimento da Policial foi longo; durou cerca de 6 horas. Pela manhã, houve o sorteio dos jurados, a reprodução de vídeos resgatados do celular do réu e de interceptações telefônicas, por parte da acusação. O júri será retomado nesta terça-feira (21), a partir das 8h30min.
Caroline relembrou detalhes das investigações que levaram a Polícia a indiciar Leandro Boldrini, Graciele Ugulini, Edelvania Wirganovicz e Evandro Wirganovicz. Para a delegada, Bernardo era considerado um “estorvo” para o novo núcleo familiar formado pelo pai e a madrasta, que agora eram pais de uma menina. Afirmou que havia um “desleixo evidente” em relação ao bem-estar do menino, que o casal tinha “uma ideia fixa de se livrar da criança” e que Leandro Boldrini foi o mentor do crime.
O julgamento de Leandro Boldrini seguirá nesta terça-feira (21), a partir das 8h30min, com a oitiva de testemunhas. O Tribunal do Júri é presidido pela Juíza de Direito Sucilene Engler Audino e acontece no Salão do Júri do Foro da Comarca de Três Passos, no noroeste do Estado.
Fonte: Tribunal de Justiça/TJ
Créditos: Márcio Daudt – DICOM/TJRS