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Recuperado do Coronavírus, jornalista José Aldo relata difícil luta contra a forma aguda da doença

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Saudável, não fumante, livre de qualquer impureza no pulmão aos 54 anos, o jornalista José Aldo Pinheiro jamais pensou que poderia passar pela situação que teve que enfrentar com o novo Coornavírus. A doença, que já vitimou 12 pessoas no Rio Grande do Sul e mais de 900 em todo o Brasil, se desenvolveu da forma mais agressiva no conhecido narrador esportivo.

Argentino de nascimento, mas criado em São Luiz Gonzaga, onde possui muitos amigos dos tempos de infância e juventude, Aldo, que teve passagem pela Rádio São Luiz e depois ganhou os holofotes do esporte, hoje é um dos grandes profissionais da Rádio Guaíba. Porém, na manhã desta sexta-feira, 9 de abril, ele participou do programa Jornal da Manhã para compartilhar com os são-luizenses a sua experiência no jogo contra um adversário invisível e agressivo.

Contágio e efeitos da doença

Sobre a origem de seu contágio, Aldo disse que não sabe onde ou como foi infectado. Ele esteve em contato com o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Jr., na véspera do Gre-Nal pela Libertadores, apontado como um dos momentos onde diversos dirigentes foram infectados. Aldo ressaltou também que um dos seus colegas de Guaíba, Guilherme Baumhardt, apresentou sintomas fortes no mesmo período que ele.

Mesmo sabendo do diagnóstico, o entrevistado conta que, naquele momento, o tratamento ainda era incerto: “Não havia uma política muito clara a respeito de como proceder (…) fiquei uns seis, sete dias sofrendo profundamente”. Após um exame de raios-x, foi possível ver que o estado do seu pulmão era alarmante, com algumas manchas escuras. Orientado a voltar para casa e observar a evolução do quadro, a situação só piorou: “inicialmente ela (doença) vai te dando um mal-estar, uma dor de cabeça, garganta, depois o pulmão, mas aquele mal-estar vai se avolumando de um tal modo que chega a um ponto que tu quer morrer”, declarou.

Com a doença se expandindo rápido, Aldo também acompanhou a situação de seu colega de rádio, que quase chegou a ser conectado a um respirador: “graças a Deus não foi necessário, porque os médicos dizem que, quando se vai para a respiração mecânica, só 20% das pessoas conseguem sobreviver”, conta o entrevistado. Quando foi internado no Hospital Moinhos de Vento, já havia passado dez dias de luta contra a doença.

Tratamento alternativo

Quando os médicos olharam a radiografia do pulmão de Aldo pela segunda vez, constatando que a situação era gravíssima, iniciaram o tratamento alternativo. Neste período foi aplicada a controversa cloroquina, que divide opiniões entre a permissividade de seu uso, além de outros medicamentos, para náusea, febre, etc.

Questionado se os médicos haviam contatado sua família a respeito do tratamento alternativo, José Aldo disse que, como estava em isolamento, ele próprio foi questionado a respeito da utilização do procedimento, ao qual não fez nenhuma objeção: “eu só queria era viver, o que fizessem comigo eu estava aceitando”, citou, informando que, naquele estágio, ele já falava com os médicos por telefone ou chamada de vídeo do Whatsapp.

Recuperação

Mesmo depois de ter iniciado o tratamento e se sentindo melhor, Aldo foi surpreendido por uma nova radiografia de seu pulmão, que apresentava uma ampliação na área contaminada. Mesmo assim, seu organismo reagiu e o tratamento surtiu efeito. Recuperado, ele ainda avalia tudo o que passou, pois viu que o novo Coronavírus age de forma muito diferente conforme a pessoa.

“A forma grave só pegou em mim”, diz Aldo, mencionando o exemplo de sua enteada, que teve febre e dor nas costas por três dias e depois os sintomas pararam. Na dúvida, ele recomenda que hábitos simples, como lavar as mãos, sejam rotina. Conversar com as pessoas de uma distância segura e levar a sério o isolamento social também é uma boa forma de se prevenir.

Rádio Missioneira

Confira a entrevista de Aldo no programa Jornal da Manhã:

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