A segunda-feira é de expectativa em todas as escolas da Rede Estadual de Ensino do Rio Grande do Sul. Após o Cpers Sindicato impetrar no sábado um agravo de instrumento solicitando o adiamento do início do ano letivo, previsto para hoje, 10 de fevereiro, em uma semana, e obter liminar neste domingo adiando o retorno dos alunos para a próxima segunda-feira, dia 17, o Governo do Estado entrou com recurso para tentar derrubar a decisão judicial provisória. Uma nova posição da Justiça é aguardada para hoje e, enquanto isso não ocorre, todas as 2.320 escolas estaduais, que atendem 700 mil alunos, permanecem fechadas.
Ao longo do domingo, o Estado emitiu nota oficial suspendendo o início das aulas enquanto o recurso não for julgado e colocou que nova posição sobre o início das aulas seria divulgada nesta segunda-feira. O Cpers Sindicato alega que a maioria das escolas não tem infraestrutura de climatização que possibilite um ambiente em condições de fazer frente a onda de calor que atinge o povo gaúcho. As previsões meteorológicas apontam calor extremo, acima dos 40 graus, pelo menos até amanhã, terça-feira.
A secretária de Estado da Educação, Raquel Teixeira, alegou que”42% dos estudantes encontram-se em situação de vulnerabilidade social, sendo a escola um espaço de acolhimento e segurança, onde os pais confiam no aprendizado de seus filhos enquanto trabalham. As situações de infraestrutura das escolas, e até mesmo do calor, são diferentes em cada região do Rio Grande do Sul, por isso a importância do monitoramento por parte das coordenadorias regionais, que fazem uma avaliação individual da situação.” Ela ressaltou ainda que ” ainda na sexta-feira (dia 7), a secretaria repassou às coordenadorias regionais orientação para adoção de medidas preventivas e avaliação das condições de fornecimento de energia elétrica e água potável nas escolas. A secretaria orientou, também, para ampliação da hidratação, fornecimento de alimentação leve na merenda escolar e suspensão de aulas de educação física.”
Em nota divulgada no final de semana, o Cpers Sindicato afirma que “retomar as aulas em meio a um evento climático extremo, com temperaturas que podem ultrapassar os 40°C e sensação térmica de 50°C em diversas regiões do Estado, além de salas de aula e demais ambientes escolares sem a estrutura necessária para enfrentar tal situação, é colocar em risco a vida de professores, funcionários e estudantes.”
FONTE: RÁDIO MISSIONEIRA