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Combate ao preconceito com vítimas de abuso e formas de proteção foi tema de discussão com professores

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Professores podem ser o elo entre crianças abusadas e a rede
de proteção em São Luiz Gonzaga. As maneiras de lidar com a situação e um amplo
debate sobre o tema foi realizado nesta terça-feira (17) na cidade. Mais de 550
pessoas participaram do evento, que ocorreu no auditório da URI.

A maior parte do público era composto de professores da rede
municipal e estadual. Eles foram convidados pelos promotores do evento, com
objetivo de ampliar o debate sobre o abuso e exploração de crianças e
adolescentes.

Segundo a psiquiatra Lúcia Cunha, que foi uma das
palestrantes, os profissionais da sala de aula podem observar sinais que
indicam abuso. “Os professores são a grande saída para essas crianças buscarem
algum tipo de proteção”, defende. Na palestra, ela explanou sobre sinais que
podem indicar abuso.

Aparência de desleixo, hematomas, não querer voltar para a
casa após a aula e mudanças na personalidade são alguns dos sinais. A delegada
Elaine Maria Schons, titular da Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente
também acredita que os professores podem ser colaboradores no combate ao
abusos.

“Muitas vezes nem na família a criança pode buscar apoio,
neste sentido o professor é uma figura importante”, comenta. Ela afirmou que é
importante que os profissionais estejam capacitados para atuar nesses casos.

Preconceito

Elaine buscou fugir dos conceitos, já trabalhados por outros
palestrantes do evento. Por outro lado, falou sobre o preconceito sofrido por
crianças e adolescentes abusadas. “Tivemos relatos aqui de vários
profissionais, muitos que trabalham com a questão, ainda possuem preconceito com
as vítimas”, explica.

A ideia de que usar roupa curta é uma forma de chamar a atenção
para os abusadores, pensamento bastante comum, ainda mais no interior, também
foi combatida por Elaine. “A culpa não é da vítima. Elas não querem estar nessa
situação, na maioria das vezes não há escolha”, relata.

A delegada comentou sobre os casos da Operação Fruto
Proibido, que resultou na prisão de 15 pessoas. “
Não podemos julgar essas
meninas, é importante mudar essa visão, ter um olhar diferenciado”
, afirma.

Redes sociais

Muita gente não sabe, mas armazenar ou compartilhar fotos de
nudez ou sexo de crianças e adolescentes é crime. Segundo Elaine, se trata de
pedofilia. “Quem receber o material deve eliminar imediatamente, essa é a
orientação”, explica.

Outras palestras

Também palestraram no evento a juíza Roberta Penz de Oliveira
e a psicóloga Marianita Ortaça. O evento, que está na segunda edição, foi  realizado para marcar o Dia Nacional de
Combate ao Abuso de Crianças e Adolescentes, comemorado no dia 18 de maio.  A promoção é da rede que atua na proteção das
crianças, composta por profissionais de várias áreas.