Os próximos dias são decisivos para as lavouras de soja na região. Segundo o engenheiro agrônomo Marcos Pilecco, as últimas chuvas não foram generalizadas, o que pode comprometer o crescimento da soja.
No momento, as plantas estão na fase de florescimento e enchimento de grãos. Conforme Pilecco, esta é a fase que a planta mais necessita de água. ‘’Ela precisa de água, pois é o que vai definir o potencial produtivo do grão’’, explicou. A água também define o número e peso dos grãos por área.
Quanto à presença da lagarta Helicoverpa Armigera, o engenheiro explicou que ela não esteve presente em todas as lavouras da região. ‘’Ao mesmo tempo que tivemos problemas sérios em algumas áreas, em outras ela não apareceu’’, destacou.
Outra lagarta é a conhecida como Falsa Medideira, que também está presente nas lavouras da região. ‘’É difícil de vê-la com a soja alta e ela se esconde e vai direto comer o grão da soja’’, explicou.
Pilecco ainda falou sobre o prejuízo que as pragas podem causar aos produtores. ‘’Os estudos mostram que 1,4 lagarta causa 10% de prejuízo por metro de linha da soja’’, disse o engenheiro.
Ele também destacou que problemas mais sérios não foram constatados nas lavouras, graças ao cumprimento das orientações dos engenheiros. A colheita da soja está prevista para o mês de março, com intensificação a partir do dia 20.