Uma das dificuldades no combate ao abigeato é a identificação
dos animais furtados. Muitas vezes, o rebanho possui animais de várias cidades,
já que o registro da marca é municipalizado. Nesse intuito, policiais civis de
São Luiz Gonzaga tiveram a ideia de criar um aplicativo para celulares que
identifique as marcas.
O objetivo é criar o aplicativo que possa ser usado em todo o
Rio de Grande do Sul. Os inspetores Edison Ricardo Lisboa e Luiz Eduardo
Moraes, lotados na delegacia Regional, com sede em São Luiz Gonzaga, são os idealizadores
do projeto.
Segundo Lisboa, em todos os casos de investigação de
abigeato, crime bastante praticado na região, não é identificar todos os
animais da propriedade. “Já foram vários casos de termos muitas marcas no rebanho,
e sem a comprovação não tem como penalizar os criminosos”, afirma.
Mais do que ajudar na investigação, o aplicativo é uma
segurança para o produtor, que muitas vezes compra os animais furtados sem
saber. “O pecuarista acha que o animal é legal, pois tem Guia de Trânsito
Animal (GTA), nota fiscal e tudo, mas que são ‘esquentadas’, às vezes até tem
que responder a um inquérito”, explica.
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Conforme Luiz Eduardo, foram feitas pesquisas para saber como
é feito o registro da marca. Com o aplicativo, o produtor vai fazer o registro
municipal e também cadastrar no celular, para que possa ser consultado pelos
outros usuários. “Hoje quase todo mundo tem um smartphone, por isso acreditamos
que pode ser útil”, salientou o policial.
O projeto foi apresentado ao chefe da Polícia Civil, delegado
Emerson Wendt. “Achei muito interessante, vou levar para Porto Alegre e
analisar com o setor competente”, destacou. Ainda conforme Wendt, será
discutida a possibilidade de criar em parceria com a Secretaria de Agricultura,
que também atua no combate ao crime. O delegado informou à Missioneira neste sábado (06), via Twitter, que a Farsul irá patrocinar o aplicativo. A reunião que tratou do assunto ocorreu ontem (05).
