Entre as autoridades nacionais que prestigiaram a assembleia mensal da Associação dos Municípios das Missões (AMM), na tarde de quinta-feira (30/04), em Caibaté, esteve o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski. O dirigente da Confederação falou sobre a imprescindível participação de todos os prefeitos, vice-prefeitos, e demais lideranças que congregam os 26 municípios da AMM, na XVIII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, que acontece no período de 25 a 28 de maio. "Diante da realidade de acúmulo de responsabilidades, de arrecadação menor que as demandas, e de promessas não cumpridas, devemos nos unir e mostrar a força do movimento municipalista", motivou Ziulkoski salientando que a AMM é uma das associações regionais que mais tem visitado. "É sempre uma alegria estar aqui dialogando com os prefeitos missioneiros", afirmou.
Prefeito anfitrião, Remi Sergio Birck destacou a relevância da presença do dirigente da Confederação. "Estamos honrados por recebermos em nosso município o presidente da CNM. Caibaté está completando 49 anos de emancipação político-administrativa e temos a satisfação de sediar a reunião da Associação, evento tão importante para a região, onde se discutem assuntos que envolvem os nossos municípios, o Estado e o país. Com a mesma importância, agradecemos a participação do ministro do TCU, João Agusto Ribeiro Nardes e do presidente da Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Loureiro", disse o prefeito Birck, que é vice-presidente da AMM.
Reflexos da recessão
Entre os itens da pauta está a reformulação do pacto federativo. Conforme relatou Ziulkoski, apesar do atual cenário de desequilíbrio financeiro, diariamente os gestores municipais precisam enfrentar dificuldades para atender as demandas das comunidades. "Essa situação tem se arrastado ao longo dos anos e, se não houver a reformulação do pacto federativo, em um futuro próximo, será impossível administrar os municípios sem comprometimentos legais", alertou. Ele lembrou ainda que, há anos, as prefeituras enfrentam um cenário de crise econômica, em que as obrigações são maiores que os recursos. "Agora, temos uma preocupação maior, pois se percebe que a recessão chegou também aos governos federal e estaduais, certamente, as medidas adotadas também vão trazer impacto ao Ente municipal", pontuou.
União, força e persistência
O dirigente da CNM informou que a cada edição do evento, novas conquistas são alcançadas. "Sempre que nos reunimos na Marcha, avançamos em nossas reivindicações. Um exemplo disso foi a aprovação de mais 1% no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), obtida no final de 2014", destacou Paulo Ziulkoski ao reiterar: "não podemos parar, pois os desafios são muitos e só conseguiremos vencê-los se houver união, força e persistência. Ele também recomendou parcimônia quanto às negociações das prefeituras com os governos. "Viemos alertando os prefeitos há bastante tempo: não façam convênios com o governo federal, não façam acordos com o governo do estadual, porque os municípios não têm dinheiro para investir nestes programas" , reforçou.
Transferências constitucionais
Presidente da AMM, prefeito de Giruá e um dos vice-presidentes da Famurs, Angelo Fabiam Duarte Thomas reiterou a valorosa participação de Ziulkoski na assembleia da AMM, por se tratar de uma liderança requisitada em todos os estados da Federação. "Ninguém domina com tanta maestria os temas municipalistas quanto o presidente Ziulkoski. Ele veio até Caibaté para se reunir conosco e falar, não apenas das expectativas da Marcha, mas também sobre os assuntos mais efervescentes ligados ao municipalismo, que hoje nos preocupam", observou.
Thomas frisou que nenhum prefeito missioneiro pediu recursos a mais, parcelas adicionais, bonificações. "Nossa maior cobrança é para que, tanto o Estado quanto a União, nos paguem aquilo que temos direito de receber. São transferências constitucionais, legais, não são emendas parlamentares, nem promessas de políticos. É algo que está escrito na constituição e não está sendo cumprido", enfatizou o prefeito giruaense, que acrescentou: "o presidente Paulo veio até aqui nos dizer que não estamos sozinhos. Porém, ele espera todos nós na mobilização em Brasília, dias 25 a 28 de maio, na Marcha, grande ato municipalista brasileiro", concluiu Fabiam Thomas.
5º Grito de Alerta
Também o presidente da Regional Sindical Missões II, Agnaldo Barcellos, esteve presente no encontro mensal da AMM e convidou a todos para que participem do 5º Grito de Alerta Missões Fronteira Noroeste, que ocorre no próximo dia 7 de maio, em São Luiz Gonzaga, que inicia em frente ao Fórum do município. A iniciativa visa o protesto contra a corrupção do país, reivindicação de investimentos em infraestrutura, políticas sociais e estruturantes.
