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“Situação péssima”, relata são-luizense que mora no Mato Grosso

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O Mato Grosso teve 56,34% do território atingido por queimadas e foi, novamente, o estado que mais queimou no Brasil, entre quinta (12) e sexta-feira (13), segundo dados do BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Ao todo, 80 dos 142 municípios do estado já registraram incêndios. 

Uma das cidades mais castigados é Sinop, no Norte mato-grossense, onde vive a missioneira Raquel Gomes de Oliveira. Morando há 20 anos no estado, a médica natural de São Luiz Gonzaga relata que o problema enfrentado por moradores é grave.

“Nunca tinha visto algo parecido. A situação está pessima. Muito calor e também muita fumaça. Quase não consigo ver o sol nos últimos dias”, conta, em contato com a Rádio Missioneira.

Desde janeiro deste ano, o Mato Grosso lidera o número queimadas do Brasil, com 39,6 mil focos de incêndios. Somente na quinta (12), mais de 1,3 mil focos foram registrados no estado.

Raquel é pediatra e, atualmente, atua com saúde mental. Mesmo assim, tem recebido relatos de colegas sobre o impacto da fumaça na saúde da população. “Fico sabendo do enorme número de idosos e crianças que procuram atendimento devido a problemas respiratórios”, enfatiza.

A fumaça oriunda das queimadas em Mato Grosso fez a Polícia Rodoviária Federal montar uma força-tarefa, a fim de evitar acidentes de trânsito decorrentes da baixa visibilidade nas rodovias. Nesta semana, um avião da companhia aérea Azul não conseguiu pousar em Sinop, devido à fumaça, retornando a São Paulo.

Mato Grosso teve, somente no mês de agosto, mais de 1,6 milhão de hectares atingidos e devastados pelo fogo, segundo uma análise feita pelo Instituto Centro de Vida (ICV) com base nas pesquisas da Administração Nacional dos Estados Unidos de Aeronáutica e Espaço (Nasa).

Foto: SBT Sinop

Rádio Missioneira