No Jornal da Manhã, que durante essa semana é apresentado
direto de Brasília, conversou com o radialista Nivaldo Maciel, o deputado
Jeferson Fernandes (PT). Na ocasião, diversos assuntos foram tratados, sendo um
deles, o afastamento da presidente Dilma Rousseff e a atual situação do
hospital de São Luiz Gonzaga.
Ao ser questionado sobre o que o Partido dos Trabalhadores
fará para reverter à atual situação, o deputado salienta que a presidente
seguirá na defesa e resistência do mandato.
“Há erros e problemas na condução da política e da economia. Se nós
mesmos admitimos e reconhecemos isso, óbvio que outros partidos fariam o mesmo,
porém, isso não permite depor alguém do poder que foi democraticamente
escolhido” disse.
Ele também falou sobre o processo do impeachment. “Não há
argumentos plausíveis em relação a crime de responsabilidade, o que há é uma
grande jogada política que visa derrubar a Dilma”, afirma Jeferson.
De acordo com o deputado, se acredita que agora, a disputa em
andamento irá tomar caráter judicial. “Queremos atitudes rápidas e que possam
assegurar a tranqüilidade política. Temos medos em relação às visões de Michel
Temer. Ele tem dito que uma das primeiras medidas a ser adotadas é reforma de
previdência, e isso pode afetar direitos sociais como os de trabalhadores
rurais”, explicou.
Hospital de São Luiz
Gonzaga
Sobre a crise financeira do Hospital de São Luiz Gonzaga,
Jeferson demonstrou preocupação. “Já temos crises graves e não precisamos de
mais cortes. Há exemplo tomamos o próprio hospital de São Luiz Gonzaga, que
ameaça gravemente fechar suas portas. O que precisamos é reverter esse quadro”,
falou.
Ele destaca que há uma visão precipitada do Governo do Estado
em relação ao hospital. “O governo deve assumir suas responsabilidades. Assumi
e irei buscar saber porque algumas unidades hospitalares estão recebendo e
outros não. Queremos saber quais são os critérios que estipulam quais hospitais
recebem e quais não recebem”, comenta.
O deputado argumenta que o reflexo da crise é pior para o interior. “Os hospitais do interior não podem ficar
desassistidos. A partir do momento que um hospital fecha, os pacientes têm de
ser transferidos para longe, e isso implica e muita coisa. Esse tema é um dos
mais sérios que temos que trabalhar”, explanou.
Segundo Jeferson, o Governo do Estado disse sanar as
despesas, porém, em sua visão, não tem feito o mínimo. “O pagamento da folha de funcionários e o
custeio de despesas com saúde e educação devem ser prioridades”, afirmou.