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Debate sobre a situação dos indígenas no País envolve alunos de cinco cursos de graduação na CNEC Santo Ângelo

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O curso de Pedagogia da CNEC Santo Ângelo promoveu nesta quarta-feira, 25, um debate sobre a situação dos indígenas no País, por meio do projeto "Diversidade Sociocultural Indígena no Ensino Superior".

Coordenado pelas professoras Ana Iara Silva de Deus, Roseléia Schneider, Mônica Felipin Vincesi e Flávia Burdzinski de Souza, o encontro teve o intuito de analisar a questão indígena na atualidade, buscando incluir o tema em sala de aula. Além das alunas de Pedagogia, participaram da palestra acadêmicos de Administração, Biomedicina, Ciências Contábeis e Fisioterapia.

"Muitos devem estar se perguntando: o que a cultura indígena tem a ver comigo? E eu lhes respondo: tudo. É responsabilidade social dos cursos melhorar a qualidade deste povo que nos procedeu na colonização", destacou o diretor da CNEC Santo Ângelo, Antonio Roberto Lausmann Ternes, na abertura do encontro.

Para palestrar, foi convidado o assessor do Conselho de Missão entre Povos Indígenas (COMIN), Sandro Luckmann, mestre em Educação nas Ciências. Aos estudantes, ele apresentou uma breve introdução da situação do índio no País, com destaque para equívocos que ainda ocorrem.

"Há o equívoco de que a população indígena não existe mais e que a cultura dos índios é atrasada, se resumindo ao uso do cocar, por exemplo. E isso não condiz com a realidade", destaca o palestrante. Em todo o País, conforme aponta Sandro, há uma população aproximada de 890 mil índios. Somente em nosso Estado, são 365 mil, que lutam pela preservação de suas raízes. "São estes equívocos que levam ao preconceito, a não aceitação do índio e ao não reconhecimento de seus direitos", reforça o assessor.

A fala de Sandro antecedeu a apresentação de Anildo Romeu, cacique Tekóa Pyaú, e Mariano Benites, representantes da comunidade guarani.

Questionado, Anildo afirmou que o preconceito existe, principalmente diante das mudanças ocorridas nas comunidades indígenas. O fato de integrantes terem relógio ou celular, segundo ele, gera preconceito e a crença de que a cultura indígena já não existe mais. Aos acadêmicos, ele também trouxe informações sobre a rotina de sua comunidade. A palestra aconteceu no Auditório Azul da Instituição.