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Audiência pública sobre Complexo Garabi/Panambi foi realizada em São Luiz Gonzaga

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Na ocasião, prefeito Junaro Figueiredo reivindicou compromisso do governo do RS e Eletrobrás quanto a compensações significativas a municípios atingidos pelas hidrelétricas

Na última sexta-feira, no plenário da Câmara de Vereadores, foi realizada a 4ª audiência pública sobre o Complexo Garabi/Panambi, o qual visa a construção de duas unidades geradoras de energia junto ao Rio Uruguai nos municípios de Garruchos e Alecrim. Promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Governo do Estado do RS (CDES/RS) e Prefeitura Municipal, com o apoio da Câmara de Vereadores, o encontro abordou os impactos sociais e econômicos das futuras obras na região e elucidou dúvidas da comunidade presente na audiência.

Na oportunidade, o representante do CDES/RS, René Ribeiro, e o engenheiro da Eletrobrás, Aníbal Rodrigues Ribeiro, salientaram a importância da participação da comunidade no debate acerca do complexo, uma vez que a obra abrangerá 33 municípios direta e indiretamente, seja por áreas alagadas ou por situações decorrentes de sua implantação, como impactos econômicos e sociais.

GRUPO DE TRABALHO – Por conta de sua complexidade, o projeto das unidades hidrelétricas Garabi/Panambi contou com uma atenção especial por parte do Governo do RS em organizar um Grupo de Trabalho, o qual está periodicamente promovendo debates e esclarecimentos nos municípios de abrangência do Complexo para estudar a viabilidade de sua construção e os impactos que a obra trará, tendo em vista a necessidade de adequação dos municípios-sede das hidrelétricas em comportar a vinda de milhares de trabalhadores durante o período de obras, bem como o realocamento de famílias residentes em áreas que serão alagadas futuramente com o funcionamento das usinas. Além disso, as mudanças ambientais a que serão submetidas as comunidades ribeirinhas e, também, os municípios vizinhos, são tratadas diretamente nas audiências, enfocando os impactos negativos e positivos advindos de sua implantação.

REIVINDICAÇÕES – O prefeito Junaro Figueiredo, após as explanações, fez o uso da palavra para questionar a respeito da situação prevista para os municípios nos casos de mitigação das áreas afetadas e a contrapartida por parte da responsável da obra e do Governo do Estado, uma vez que os municípios da região, além da situação delicada em que se encontram hoje (com a redução nos repasses federais e arrocho orçamentário consequente da diminuição de receitas), terão de arcar diretamente com os efeitos advindos dos impactos sociais e econômicos das respectivas obras. Assim, o Chefe do Executivo são-luizense reivindicou que seja firmado compromisso com o Governo do Estado e a Eletrobrás quanto à contrapartida em repasses para obras primordiais para a região, como asfaltamento da RS-176 que liga o município de Garruchos a Santo Antônio das Missões e treinamento de mão-de-obra local afim de qualificação para trabalhar na obra. Além disso, o prefeito reivindicou compensações para o Hospital São Luiz Gonzaga (o qual, consequentemente, terá uma demanda muito maior que a atual em virtude do aumento populacional relacionado à vinda de trabalhadores oriundos de outras cidades e Estados) e para o aeroporto do município.

Estas demandas, segundo Junaro, são apenas algumas de muitas que devem ser elencadas, principalmente, pelo fato de São Luiz Gonzaga ser o centro geográfico da região atingida pelo Complexo Garabi/Panambi, e, por isso, necessitará de ampliação nos atendimentos referentes à saúde, educação, comércio, entre outros.
Para o Chefe do Executivo, toda a mudança visando o progresso e desenvolvimento regional é muito bem-vinda, mas, para ocorrer de forma benéfica para todos os municípios, é preciso um planejamento minucioso entre as comunidades, como o debate promovido na audiência pública em São Luiz Gonzaga e que seguirá por todos os 33 municípios atingidos pelo futuro Complexo Garabi/Panambi.

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